Modo incógnito, anônimo, secreto, privado... Ele recebe diferentes
nomes de acordo com o navegador, mas sua função é essencialmente a
mesma: permitir que você navegue livremente pela internet sem ser
rastreado por websites e sem deixar vestígios sobre as páginas
visitadas.
Uma sessão de navegação efetuada no modo incógnito não cria dados no
histórico do browser e tampouco armazena cookies na sua máquina. Na
maioria das vezes, o recurso também desabilita automaticamente quaisquer
plugins e add-ons instalados no computador, como uma forma de garantir
que eles não perturbem sua privacidade enquanto você surfa na web
anonimamente.
Ainda que o uso do modo incógnito seja comumente relacionado com
atividades impróprias para menores de idade (como acessar sites de
vídeos alternativos ao YouTube,
se você entende o que eu quero dizer), a verdade é que existem muitos
usos práticos para essa funcionalidade. Ativando-a de forma sábia e nos
momentos certos, você consegue aumentar sua produtividade, aprimorar sua
privacidade e até mesmo dar um jeitinho de ultrapassar algumas
barreiras enfrentadas para acessar certos sites. Confira alguns exemplos
de uso.
1) Checar a privacidade de seus perfis em redes sociais
Você configurou aquela postagem polêmica no Facebook de
forma que apenas seus amigos possam visualizá-la? Não custa nada dar
uma conferida se a rede social está fazendo seu trabalho corretamente.
Acessando seu perfil através de uma janela no modo incógnito, você
consegue visualizá-lo como um visitante comum que não adicionou você em
sua lista de amigos. Isso é um recurso importantíssimo para quem preza
por sua privacidade na web e quer ter certeza de que as opções de
segurança de suas redes sociais estão configuradas da maneira correta.
2) Manter segredos em computadores compartilhados
Imagine que você e sua esposa utilizam o mesmo computador. Você quer
comprar um presente para ela e, naturalmente, resolve recorrer ao seu
buscador predileto para encontrá-lo. Faz pesquisas intermináveis,
compara preços em diferentes lojas virtuais e, por fim, encontra o
produto perfeito que certamente vai agradar sua amada.
Você só se esqueceu de ativar o modo incógnito para fazer toda essa
busca. Ela chega em casa, liga o computador, abre o browser e descobre
todos os seus planos lendo o histórico do programa. Da próxima vez,
lembre-se de ser mais cuidadoso e ativar o recurso em questão.
3) Fazer buscas e receber “resultados imparciais” do Google
Você pode não saber, mas a engine de buscas mais famosa do mundo
utiliza diversos indicadores para exibir conteúdos que teoricamente são
mais relevantes para o usuário sempre que ele efetua uma nova pesquisa.
Amigos no Google+,
sites mais visitados, histórico de navegação, cookies e outros dados
variados servem para determinar o que você vê ou não nos resultados de
uma busca qualquer.
Sendo assim, caso você queira obter resultados mais “imparciais” do
Google, basta fazer pesquisas em uma janela com o modo anônimo ativado.
Obviamente, esse procedimento não fará muita diferença com algumas
palavras-chave, mas pode ser bastante útil para buscas específicas.
4) Passar despercebido por paywalls
Paywall é o termo utilizado para designar sistemas que impedem o
acesso à um determinado conteúdo caso o internauta não tenha pago por
ele. É algo semelhante ao conceito de “pay-per-view”: você só consegue
assistir a determinado canal caso esteja com suas contas em dia.
Tal sistema é comumente utilizado em jornais digitais para restringir
a quantidade de matérias que você pode ler gratuitamente: o site
identifica seu PC, contabiliza o número de páginas já acessadas e
bloqueia o acesso até o mês posterior, pedindo para o internauta
realizar uma assinatura para continuar sua leitura sem interrupções.
Na maioria das vezes, contudo, tais paywalls contam com uma falha
bastante boba: quando seu número de artigos gratuitos terminar, basta
entrar no site ativando o modo incógnito. Ele vai identificar sua
máquina como outro usuário e liberar o acesso. Alguns jornais possuem
blindagem contra esse “truque” (identificando você pelo endereço IP),
mas muitos deles (como o The New York Times) ainda sofre com a brecha. Se é certo utilizá-la ou não é algo que vai depender da sua ética e consciência.
5) Fazer login em várias contas de um mesmo serviço simultaneamente
É aquele problema clássico: você quer manter suas duas contas de
email abertas ao mesmo tempo, sem precisar deslogar da primeira para
conferir o que há de novo na segunda. Seria interessante caso pudéssemos
fazer isso simplesmente abrindo uma nova aba no navegador, mas ele
automaticamente retira as informações de login da guia ao lado.
Nesse caso, tudo o que você precisa fazer é abrir uma nova janela no
modo incógnito. E você pode fazer quantas vezes forem necessárias – ou
seja, trabalhar com três, quatro ou dez contas abertas simultaneamente
em um mesmo serviço.
6) Usar computadores públicos sem medo
Acredite: muitas pessoas ainda utilizam lan houses e cyber cafés para acessar a internet.
O problema é que nem todos os estabelecimentos efetuam as manutenções
necessárias para garantir a segurança e privacidade de seus
frequentadores. Nunca se sabe quando algum engraçadinho colocou um
keylogger ou outro tipo de add-on no navegador daquelas máquinas, então é
sempre bom se prevenir.
Ao entrar em modo incógnito, o browser automaticamente desliga todos
os complementos que porventura estiverem instalados no computador, o que
aumenta de imediato a segurança de suas informações pessoais. Além
disso, ao terminar sua sessão, todos os cookies, logs e senhas salvas
serão deletadas automaticamente, impedindo que futuros usuários daquele
PC consigam descobrir o que você estava acessando.
Quais navegadores possuem o modo incógnito e como posso ativá-lo?
Todos os browsers mais famosos da atualidade contam com o modo incógnito. No Google Chrome, ele é chamado de “Navegação Anônima” e pode ser acessado através do menu de personalizações do navegador. No Mozilla Firefox, ele é chamado de “Navegação Privativa” e pode ser encontrado quando você clica no botão “Abrir menu”.
Já no Safari,
o recurso é batizado como “Navegação Privada” e está localizado na
janela de configurações gerais, no canto superior direito da tela. O Maxthon
chama a função de “Janela Privada” e permite que você ative-a através
de seu menu principal, que pode ser aberto através da combinação das
teclas Alt + F. Por fim (mas não menos importante), no Internet Explorer, você o encontra com o nome de “Navegação InPrivate”, podendo ligá-lo através do menu “Ferramentas”.
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